Alterações das cordas vocais
Tratamento de Alterações nas Cordas Vocais: Uma Abordagem
As cordas vocais são duas pregas, compostas por mucosa e músculo, e situadas a cada lado da cavidade da laringe, que apresentam propriedades mecânicas que determinam um movimento vibratório (movimento muco-ondulatório) pela passagem de ar nas vias aéreas, e consequente emissão de voz, os sons vocais.
A voz humana é extremamente importante para a comunicação e existem doenças que também acometem essa região, as cordas vocais, levando a um impactante comprometimento na utilização da voz. E nesses casos, os pacientes devem procurar um especialista: capacitado para diagnosticar, propor o melhor tratamento disponível para cada caso, e não menos importante, fazer o seguimento dos mesmos.

Diagnóstico Preciso: O Primeiro Passo
Antes de iniciar qualquer tratamento, é essencial obter um diagnóstico preciso das alterações nas cordas vocais. Isso geralmente envolve uma avaliação por um otorrinolaringologista especializado em distúrbios da voz, que pode realizar uma laringoscopia para visualizar diretamente as cordas vocais. Além disso, exames de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, podem ser necessários para avaliar a extensão das alterações e descartar outras condições subjacentes.
DIAGNÒSTICO DE DOENÇAS LARÌNGEAS
O diagnóstico das doenças de cordas vocais é realizado através de videolaringoscopia( endoscopia da laringe), que possibilita a visualização direta da região, e identificação de lesões orgânicas e funcionais que acometem essa região.E dependendo da situação clinica pode ser necessário exames de imagens como a tomografia e a ressonância; e em casos de suspeita tumoral, será necessário um procedimento de biópsia.
EM QUAIS SITUAÇÕES CLINICAS DA LARINGE ( sintomas) DEVE-SE PROCURAR UM ESPECIALISTA , PARA FAZER UMA VIDEOLARINGOSCOPIA?
1-tosse crônica (até acompanhada de sangue)
2-odinofagia( dor para engolir)
3-disfagia( dificuldade para engolir)
4-disfonia ou rouquidão( distúrbio de voz)
5-sintomas de refluxo gastroesofágicos
6-suspeita de câncer e histórico familiar de câncer de cabeça e pescoço
7-tabagismo crônico
8-sensação de bolo( caroço) ou ferida na garganta
9- suspeita de corpo estranho( como espinha de peixe)

AS PRINCIPAIS LESÕES DE CORDAS VOCAIS
Laringites agudas ou crônicas, nódulos vocais, cistos vovais, pólipos vocais, alterações congênitas de cordas vocais como sulco e ponte, sinais de refluxo gastresofágicos, estenoses e paralisias laríngeas, doenças infecciosas como papilomas virais(por HPV), granulomatose laríngea e turbeculose laríngea. Além de lesões pré malignas ( leucoplasias ) e tumores.
Abordagens Terapêuticas: Conservador ao Cirúrgico
A abordagem terapêutica para alterações nas cordas vocais pode incluir:
- Terapia Vocal:realizadas por fonoaudiólogas especializadas em voz ; especialmente para os casos relacionados ao uso excessivo da voz ou uso inadequado.
- Medicação: anti-inflamatórios sistêmicos e inalatórios ; e casos selecionados podem ser necessários os antibióticos. E tratamento medicamentoso da doença sistêmica relacionada, como no caso do refluxo gastro-esofágico.
3-Cirurgia: microcirurgia de laringe ( convencional /a laser ) para remover lesões benignas ( pólipos, nódulos ou cistos vocais). E cordectomia e laringectomias para os tumores malignos. E tireoplastia, aritenoidectomia endoscópica e cordectomia endoscópica a laser Co2 para casos específicos de paralisia de corda vocal. E as laringoplastias para estenose de laringe.
4-Outros tratamentos: injeção de preenchimento, dilatação laríngea, moldes , stents e próteses, laser CO2, microdebridor, drill, ultracision,
Reabilitação e Cuidados Contínuos
A reabilitação vocal, em muitos casos são necessários e pode ser crucial para otimizar os resultados a longo prazo. E pode incluir sessões adicionais de terapia vocal, práticas de higiene vocal e modificações no estilo de vida para proteger a saúde das cordas vocais. Além disso, é importante realizar um acompanhamento regular com um otorrinolaringologista para monitorar o progresso e identificar quaisquer sinais de recorrência ou complicações.